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Fertilização in Vitro

08 Mitos e Verdades sobre a FIV

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica amplamente utilizada para auxiliar casais com dificuldades de engravidar. No entanto, existem muitos mitos e equívocos em torno dessa prática. Neste artigo, desvendamos oito mitos comuns relacionados à FIV, fornecendo informações precisas e esclarecedoras para ajudar as pessoas a compreenderem melhor essa forma de tratamento de infertilidade.
Fertilização in Vitro

A fertilização in vitro (FIV), uma técnica de reprodução humana assistida que oferece esperança e oportunidades para casais com dificuldade de engravidar de realizarem o sonho de ter um bebê. Nos últimos anos com o avanço da medicina, melhores tecnologias, maior conhecimento sobre o desenvolvimento embrionário e fisiologia, a reprodução assistida tem sido responsável pelo nascimento de mais de 10 milhões de bebês no mundo e apesar de ser um tratamento conhecido no mundo, ainda existem alguns mitos.  

No entanto, ao redor desse tratamento surgiram diversos mitos e informações incorretas que podem gerar confusão e ansiedade. 

Nesse artigo, desvendaremos os oito mitos mais comuns relacionados à FIV:

Mito 1: A FIV é sempre a primeira opção de tratamento para todos os casais com problemas de fertilidade.

A FIV é um dos tratamentos possíveis diante da dificuldade para engravidar. Porém não é um tratamento isento de riscos e por isso somente é indicado após uma avaliação do casal, e esgotado outros tratamentos menos invasivos.  

Mito 2: A FIV sempre resulta em gravidez múltipla.

Embora a FIV esteja associada a um maior risco de gravidez múltipla, isso pode ser controlado por meio da transferência de um número adequado de embriões.  Atualmente, muitas clínicas buscam a transferência de apenas um embrião de alta qualidade para reduzir os riscos de gêmeos.

Também existe uma recomendação formal quanto ao número de embriões a serem transferidos de acordo com a idade da mulher, de acordo com a RESOLUÇÃO CFM nº 2.320/2022:

a) Mulheres com até 37 (trinta e sete) anos: até 2 (dois) embriões;

b) Mulheres com mais de 37 (trinta e sete) anos: até 3 (três) embriões;

c) Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético, até 2 (dois) embriões,

independentemente da idade; e

d) Nas situações de doação de oócitos, considera-se a idade da doadora no momento de sua

coleta.

Mito 3: A idade não afeta o sucesso da FIV.

As taxas de sucesso da FIV estão diretamente relacionadas à quantidade e qualidade dos óvulos. Quanto mais óvulos e quanto melhor sua qualidade, maiores as chances de termos mais embriões, mais chances de transferências embrionárias e com isso maiores chances de gravidez. Por isso a idade da mulher tem um impacto significativo nas taxas de sucesso da FIV uma vez que quanto maior a idade da mulher menor a QUANTIDADE de óvulos assim como menor a QUALIDADE desses óvulos. 

Atualmente já sabemos que a idade do homem também importa quando falamos de qualidade de espermatozoides e chances de sucesso na FIV. Após os 45 anos os homens começam a ter uma produção de espermatozoides com menor qualidade e isso pode interferir no resultado da FIV. 

Mito 4: A FIV é um processo garantido.

Embora a FIV seja uma técnica que vem evoluindo ao longo dos anos, chegando a taxas de gravidez de 60% a depender do caso, não há garantias de sucesso. Ainda estamos longe dos 100% de gravidez. Diversos fatores, como a qualidade dos óvulos e espermatozoides, receptividade endometrial, equilíbrio do sistema imunológico e outros aspectos individuais assim como fatores ainda desconhecidos pela medicina, podem influenciar os resultados.

Mito 5: A FIV causa câncer.

Estudos científicos não encontraram evidências consistentes que relacionem a FIV ao desenvolvimento de câncer. No entanto, é importante discutir quaisquer preocupações com o médico especialista em fertilidade.

Mito 6: A FIV é apenas para casais heterossexuais.

A FIV também é uma opção para casais do mesmo sexo, mulheres solteiras e pessoas LGBTQ+. A tecnologia avançada permite a utilização de óvulos doados, espermatozóides doado, útero de substituição, método ROPA (para casais homoafetivos femininos, com recepção de óvulos da parceira) ampliando as possibilidades de formar uma família.

Mito 7: A FIV é um processo doloroso e invasivo.

Embora a FIV envolva procedimentos médicos e intervenções, como a coleta de óvulos e a transferência embrionária, a maioria dos casais relata que o processo é tolerável e não causa dor intensa. 

Durante a estimulação ovariana,devido à necessidade de uso de hormônios, é possível que a mulher tenha sintomas semelhantes a uma tpm mais intensa. A dor abdominal tipo cólica de leve a moderada ou sensação de peso no pé da barriga também pode ser comum nos 2 a 3 dias que antecedem a captação de óvulos e também após a captação. Principalmente para aquelas mulheres que tenham o crescimento de múltiplos folículos nos ovários.  

A captação de óvulos é feita sob anestesia geral venosa (um sedativo na veia) dentro de um centro cirúrgico especializado. Após a paciente dormir é iniciado o processo de captação dos óvulos via vaginal, guiado por uma ultrassonografia transvaginal, sendo assim um procedimento indolor e pouco invasivo. 

Já a transferência embrionária é um processo indolor que não necessita de anestesia.  

Mito 8: A FIV garante uma gravidez bem-sucedida.

A FIV aumenta significativamente as chances de gravidez. No pico de fertilidade do casal as chances de engravidar são de 25% a 30%. 

Com a indicação de FIV as chances de gravidez podem chegar a 60% a depender da idade materna e outras condições. Mas vejam que ainda não é 100% de chance de gravidez. Isso porque existem diversos fatores que podem influenciar o resultado. 

Ao desvendar esses oito mitos comuns sobre a fertilização in vitro (FIV), esperamos que os casais em busca de tratamentos de reprodução assistida tenham uma compreensão mais clara sobre essa técnica. A FIV oferece a oportunidade de realizar o sonho de ter um filho, e estar bem informado é essencial para tomar decisões conscientes e alcançar o melhor resultado possível.

Consultar um médico especialista em fertilidade é fundamental para receber orientação individualizada e esclarecer quaisquer dúvidas principalmente diante alguns mitos existentes no mundo.

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QUEM É A
Dra Cecíllia Ortega

Médica especialista em Ginecologia, Obstetrícia com título pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) e Reprodução Humana pelo centro de referência da saúde da mulher Hospital Pérola Byington em São Paulo.Minha missão: contribuir para a realização do sonho de casais e mulheres que desejam construir uma família agora ou no futuro.Afinal, não é só sobre consultas. É sobre olhar, escutar e cuidar!

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